top of page
Buscar

OPINIÃO: Olhando para 2021.

  • Foto do escritor: Flávio Dias
    Flávio Dias
  • 29 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Chegamos ao fim de 2020.


Muitos lembrarão desse ano como "aquele" em que se perderam muitas (se não todas) as certezas estabelecidas ao longo de cada história.


Mas chegamos aqui. E estamos nos desfazendo de 2020 e pensando em 2021.


A concretude desse novo horizonte nunca esteve tão provocadora como agora. A vacina está perto. Muito perto. Mas de onde as empresas retomarão suas histórias?


Assim como muitos negócios deixaram de existir, por necessitarem de "aglomeração" (no melhor sentido do significado), muitos negócios foram provocados ao longo de 2020.


O comércio subiu um degrau (ou até dois) na escada do e-commerce. A categoria "moda (roupas)" por exemplo, experimentou um crescimento do comércio eletrônico de 77% em um ano (base setembro de 20) segundo a CoreBiz, agência de e-commerce especializada em marketing digital.

É claro que esse patamar não ficará aí quando as pessoas puderem ir aos shoppings sem medo. Mas é claro também que muitos desses consumidores "experimentaram a novidade" do e-commerce e gostaram. Subimos um (ou até dois) degraus.

Não podemos nos esquecer no reforço de R$ 2 bilhões que a Lojas Americanas recebeu para investimento na B2W - sua operação de comércio virtual (Americanas.com e Submarino.com entre outras) - dos sócios Leman, Sicupira e Telles.


O 5G vem aí em 2021. Num primeiro momento a nova rede tende a beneficiar o "lado da oferta" principalmente. As indústrias que utilizam muitos insumos na produção de bens, poderão ter todos os seus processos conectados instantaneamente; e depois "o consumo" onde o impacto tende a transformar a relação produto-consumidor.


Outro setor claramente desafiado foi o setor de saúde. E ambos, o público e o privado, foram aprovados com boas médias (ou até muito boas).


O SUS mostrou que sua capilaridade é fundamental.


O setor privado entendeu o "favorável" momento econômico de juros baixos (no melhor sentido do significado) e foi às compras e se fortaleceu. A operadora de planos de saúde privados Notre Dame Intermédica, por exemplo, que atua nos estados de SP e RJ, adquiriu 7 hospitais somente em 2020, e vê no ganho de escala dessas aquisições uma redução significativa nos custos operacionais gerando crescimento de longo prazo para o negócio.


O BNDES parece ter encontrado seu norte na reafirmação do seu propósito de capilaridade para o pequeno e médio empreendedor brasileiro. As ações de socorro do Banco de fomento nacional miraram de fato esse público e entregaram R$ 60 bilhões através do Programa de Emergência de Acesso ao Crédito. E o programa "Maquininhas" pode disponibilizar outros R$ 10 bilhões.



Segundo o site InfoMoney, foram 28 IPOs na Bolsa brasileira entre janeiro e dezembro deste ano, com captação total de R$ 117 bilhões. É o maior número de ofertas iniciais em 18 anos.

Ou seja, as empresas já entenderam que para buscar dinheiro terão que se administrar bem! Daí que irá surgir o investidor num cenário de juros baixos.


É claro (e lamentável também como já foi dito) que muitos negócios ficaram pelo caminho.

Principalmente aqueles que precisavam de aglomeração (no melhor sentido do termo), como bares, restaurantes e academias. Muitos negócios bem administrados e bem construídos.


Mas se olharmos para o lado meio cheio do copo veremos que esse novo cenário têm seus "alicerces" já determinados. E a construção é possível - até a reconstrução será! Novos valores humanos também foram construídos e também fortalecidos.


A economia circular e sustentável, deixou de ser uma aposta há algum tempo e agora ganha "valor real" na produção dos bens e serviços.

A participação das energias renováveis na matriz energética brasileira, que já é alta (46% contra a média mundial de 26%), mostra o seu "valor" em iniciativas como a do Banco do Brasil, que instalou painéis suficientes para atender a demanda de 100 agencias (inicialmente) no estado de MG.


O projeto pretende gerar ao banco uma economia de R$ 150 milhões até 2025.


A Boomera, Startup brasileira especializada em pesquisa, desenvolvimento e soluções para resíduos descartados, deve crescer 200% em dois anos. Hoje a Boomera tem mais de 400 clientes para resolver seus problemas com o lixo. Entre eles estão Nestlé, Unilever, Boticário, Adidas, Mondelez, Vale e Via Varejo


Sim, 2020 foi um ano de inflexão! E a resiliência vai lastrear nossas ações daqui para frente. O planejamento e a estratégia serão determinantes, e a velocidade de execução, assimilada pela maioria das empresas até o capítulo anterior da história, vai garantir "ao bom aluno" o futuro. Especialmente aqueles alunos que acompanharam bem o capítulo de 2020.


Existe trabalho a ser feito. Existem possibilidades. E (o mais importante) o Brasil não perdeu sua disposição para seguir.


O cenário é positivo e a vacina está logo ali. E nosso mundo vai começar a se movimentar de novo. FELIZ 2021 À TODOS!


Flávio Dias


Clique e Assista ao Video








 
 
 

Comments


© 2023 por Consultoria estratégica. Orgulhosamente criado por Wix.com

bottom of page