O Índice de Confiança do Empresário Industrial e a "eficácia" na busca ao consumidor.
- Flávio Dias
- 6 de jan. de 2021
- 2 min de leitura
O índice de confiança do empresário industrial (ICEI), medido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), continua elevado na medição de dezembro de 2020.

O ICEI, que em março de 2020 apresentou queda significativa após o início da pandemia da COVID-19, atingiu 63,1 pontos em dezembro de 2020, retornando praticamente ao patamar do final de 2019 de 64,3 pontos. A linha divisória entre "confiança" e "falta de confiança" na pesquisa é de 50 pontos.
Os dois componentes do índice, o da situação atual e o da expectativa futura, mostram que a indústria nacional tem boas perspectivas para os próximos meses. Ambos os componentes apresentaram incremento de 0,3 e 0,1 ponto percentual, respectivamente.
Nesses dois universos do índice, o desempenho da microeconomia prevalece sobre a macroeconomia. Ou seja, tanto na atual situação como na futura, as perspectivas microeconômicas (do negócio) se sobressaem em relação à evolução da economia nacional.

De fato, para as empresas, a perspectiva de vacina para a COVID-19 fortalece a crença em um horizonte mais "limpo" à frente, o que impulsiona o "lado do consumo" para as indústrias.
Essa perspectiva de melhora nas condições de saúde da população/consumidor, no entanto, somada ao necessário restabelecimento dos negócios em um mercado bastante agredido no ano que passou, estabelece dois pilares de sustentação para o planejamento das ações (no curto e médio prazos).
#1) Economia nos processos produtivos
#2) Eficácia na busca pelo consumidor

A indústria 4.0 (ou a 4ª Revolução Industrial) nunca esteve tão "pronta" para determinar a evolução nos negócios como o ano de 2021 tende a posicioná-la.
No lado da produção o ganho parece evidente.
Para a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Indústria 4.0 pode ajudar na redução de no mínimo R$ 73 bilhões em custos industriais por ano.
A automação, já presente em muitas indústrias brasileiras, tende a ganhar novos contornos com a chegada das redes 5G, possibilitando que os processos sejam ainda mais eficientes.
Do outro lado, a análise dos Yottabytes de dados do "Big Data", deverá posicionar o Business Intelligence (BI) estrategicamente nas empresas.
As empresas nacionais que já orbitam nesse cenário, podem ser impulsionadas à análise estratégica dessa massa de dados pela necessidade da busca eficaz pelo consumidor. E a cristalização desse ambiente tende a impulsionar os negócios para o pequeno e médio industrial também.
A automação dará espaço ao BI, e também, à sensibilidade no contato com o consumidor, cada vez mais exigente por produtos e serviços seguros e relações francas.
Se de um lado, a robótica e a automação de processos, projetam uma redução no número de pessoas necessárias ao processo, de outro, esses fatores, semeiam a análise eficaz dos dados, projetando o desenvolvimento das pessoas e empresas.
As empresas parecem confiantes na necessidade de identificação de novas oportunidades.

No novo normal, onde as indústrias serão cada vez mais EFICIENTES na produção, a necessidade de EFICÁCIA na identificação (e no atendimento) do cliente/consumidor mostra-se determinante. A estratégia será fundamental.

Fonte: D&R, CNI, Industria 4.0.gov e ABDI
Comments