As vendas nos shoppings, os novos hábitos e a COVID-19.
- Flávio Dias
- 17 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) mostram que mesmo com o relaxamento das medidas de isolamento social, e a liberação restrita aos corredores dos shoppings pelo Brasil, o fraco movimento está longe de reverter a diminuição nas vendas observadas desde o início da pandemia.
Em março de 2020, a queda na venda dos shoppings foi de 88,9%; já na primeira semana de julho, essa queda era de "apenas" 58,2% em relação ao período anterior às medidas de isolamento social necessárias ao controle do vírus.

Fonte: Abrasce, OESP.
Por outro lado, com o aumento das vendas por aplicativos como o WhatsApp, os shoppings do Brasil passaram a oferecer os serviços digitais para seus lojistas.
Essa foi uma das iniciativas do grupo Ancar, dono do Shopping Eldorado, Patio Higienópolis e Rio Design Leblon.
Segundo dados disponibilizados, o número de pedidos através dos aplicativos de mensagens passou de 800 para 3500 por mês durante a pandemia da COVID-19.
A plataforma do serviço já é oferecida pela Ancar, que busca agora uma parceria com um grande aplicativo de entregas.
O grupo projeta que em 2021, 3% do seu faturamento venha dessas ações desenvolvidas durante a pandemia.
A experiência de compras através de aplicativos deve se manter nos hábitos do "novo consumidor" no período pós-pandemia.
Segundo levantamento da Synapcom, empresa de full service para e-commerce especializada em soluções para o varejo, as vendas de "saúde e beleza" cresceram 241% em junho de 2020 comparado ao mesmo mês do ano passado. O segmento de "casa e tecnologia" cresceu 171% no mesmo período.
Ainda segundo a empresa, o e-commerce em geral apresentou crescimento de 160% no mesmo período.
O acesso virtual ao mercado de consumo, como consequência das medidas de isolamento social em função da COVID-19, deve fazer parte do cenário corporativo para os próximos anos.
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